sábado, 27 de fevereiro de 2010

Hora

_ Há quanto tempo não digo que não viveria sem você?
_ Não sei... uma semana?
_ Não, acho que não.
_ Então não sei.
_ Faz uma hora.
_ Uma hora. O que significa...
_ O que significa que agora já posso viver sem você.
_ Mas quando você disse aquilo há uma hora, você não queria dizer que não viveria sem mim em qualquer hora da sua vida?
_ Não exatamente. Veja, eu psso viver sem você. Mas naquela hora, hesitei em dizer que não conseguiria, pois senti, naquela hora, que não conseguiria.
_ Pensava que você me amava sempre, independetemente do tempo.
_ Naquela hora sim...
_ ...
_ Agora dá pra viver numa boa sem depender, para isso, de você.
_ Insensível!
_ Às vezes...
_ E quando será a próxima vez que não poderá viver sem mim?
_ Quando o despertador do celular tocar, amor. Quando o despertador tocar...

Minuto

_ Um minuto, por favor.
_ Claro. Vamos parar?
_ Não, apenas um minuto.
_ Você nunca me pediu um minuto antes? Está tudo bem?
_ Sim. E eu sei que é muito o que lhe peço.
_ Não... Só achei estranho.
_ Por que?
_ Ora. Você só quer um minuto de mim! Eu posso lhe dar muito mais do que isso. Posso te dar palavras, sonhos, sustos...
_ Um minuto. É pouco?
_ Muito pouco, para se esperar de quem ama.
_ Talvez seja o que você nunca me deu até agora.
_ Mas como saberei? Como saberei quando devo lhe dar um minuto? Como saber como posso lhe fazer contente com isso? Isso, que na minha opinião jamais seria dado a quem se ama. Imagina! Um minuto! Sendo que posso lhe dar mais, mais e mais! Responda-me... um minuto para quê você quer?
_ Dê-me um minuto para pensar, e já lhe respondo.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

untitled.

é dela que vem a chama
que em mim queima e inflama
uma, duas, três e quantas forem as vezes.
sufoca esperar por mais de uma semana.

é ela, quando ama.